Como elaborar uma boa argumentação
Todos somos confrontados, diariamente, com a necessidade de persuadir alguém das nossas convicções. Daí que devamos ter cuidado com a forma como estruturamos a defesa da nossa tese.
Há etapas a ter em conta na elaboração de uma boa argumentação:
1.º - A constatação de um problema filosófico
“Serão legítimas as experiências médicas em chimpanzés em prol da saúde humana?"
É geralmente um problema desta natureza, uma questão pertinente e susceptível de discussão, que dá origem a um debate, ao confronto de perspectivas.
2.º - A Apresentação da tese
"A meu ver, é mais correcto acabar com essas experiências e por razões éticas e biológicas, que passo a descrever. "
Ao apresentarmos a nossa tese, na prática, estamos a transmitir ao nosso auditório qual é a posição que assumimos perante o problema filosófico levantado.
3.º - A Apresentação dos argumentos
Nesta fase, explicamos a quem nos ouve (ou lê!) por que razão ou razões defendemos a tese que apresentámos, desvendando os argumentos que a suportam e que se querem o mais objectivos, acessíveis mas, sobretudo, credíveis, de modo a conseguirmos persuadir.
"Primeiro, se os mamíferos com sistema nervoso desenvolvido sentem dor e stresse, não sendo correcto infligir-lhes dor, sendo o chimpanzé um mamífero superior, não é eticamente correcto fazê-lo sofrer.
Segundo, se as experiências com animais não são totalmente fiáveis, sendo desnecessárias, nada nos garante que as experiências realizadas em chimpanzés darão o mesmo resultado nos seres humanos. Logo, tornam-se supérfluas.
Terceiro, se não somos capazes de intencionalmente magoar quem nos é aparentado geneticamente e se os chimpanzés partilham cerca de 99,5% do nosso ADN, então não podemos magoar estes animais que tanto se assemelham a nós."
4.º - Conclusão onde se reforça a tese inicial
Nesta última fase, vamos reforçar a ideia principal do nosso discurso, já que será provavelmente aquela que perdurará na memória do