Como argumentar sem recorrer a violência
No livro “Argumentar em situações difíceis”, escrito por Philippe Breton, (BRETON, Philippe. São Paulo: Manole, 2005; 104p) autor de diversas obras como “A utopia da comunicação” e “A manipulação da palavra”, aborda temas sobre a comunicação de massa, manipulação e argumentação.
Em seu livro “Argumentar em situações difíceis”, Breton propõe métodos para encarar as situações do cotidiano usando a objetividade, a escuta ativa e a argumentação para apaziguar conflitos que envolvem agressões verbais, físicas e morais. Essas três habilidades são essenciais e são citadas pelo autor durante o livro todo, pois a partir dessas práticas as pessoas conseguem sair de situações complicadas sem usar a violência.
Nos sete curtos capítulos que integram a obra, Philippe utiliza sempre os mesmos métodos, que são elas: a objetivação, que consiste em objetivar, controlar e representar as próprias emoções para obter o resultado desejado; a escuta ativa que busca relacionar-se com o outro, compreendendo-o melhor e por fim a argumentação, sendo ela a ação decisiva, tendo a finalidade de expor e defender seu próprio ponto de vista, buscando pacificar a situação e procurando convencer o outro a renunciar a violência. O autor também aborda um problema comum entre as pessoas: o medo de falar diante de um público, principalmente se esse for hostil e intimidador. Segundo pesquisas, o que mais assusta a população é ter que falar em público, já que muitas delas sentem vergonha, pânico e até fobia. Breton usa a objetivação a escuta ativa e a argumentação para afastar o medo, observar e escutar o público. Ele comenta também sobre o silêncio, a atenção e a escuta, pois é no silêncio que a pessoa deve trabalhar para que sua fala seja escutada por todos ao seu redor com clareza. A arte de falar em público não é um dom reservado a poucos, mas é necessário ter força de vontade, dedicação, motivação, autocontrole e treino.
Breton