Como anda o ensino de artes em nossas escolas?
1) Quais são as propostas e o que se tem discutido para um ensino de arte mais contundente e eficaz na contemporaneidade?
Durante muito tempo a matéria de Arte era tida como lazer, relaxamento, momento de passagem e decoração. Não tinha o mesmo peso das demais disciplinas e por isso mesmo não era obrigatória. Aos poucos a disciplina foi conquistando espaço por meio de luta dos educadores e se tornou disciplina obrigatória na Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Os Parâmetros Curriculares Nacionais consolidam as mudanças ocorridas na década de 1990 na concepção do ensino de Arte. Assim, resgatam o valor da arte - em suas variadas linguagens - na formação do adolescente, por seu papel de mobilização e de transformação de atitudes. Antes dos parâmetros, a arte ensinada nas escolas praticamente se resumia às artes plásticas. Os parâmetros tornam oficial um antigo e sonhado desejo de mudança dos professores: a escola ensina Arte e não mais Educação Artística. Propõe-se o ensino de cinco áreas específicas: artes visuais, dança, música e teatro – para o ensino fundamental – e Artes Audiovisuais – para o ensino médio. Para cada área é necessário um professor especialista e condições mínimas de infra-estrutura para que seu ensino seja significativo. Os parâmetros propõem muitos conteúdos, pois possibilita a criação dos mais variados currículos, respeitando as inúmeras realidades brasileiras. Especificamente de 5ª a 8ª séries, os Parâmetros resgatam a importância da Arte na formação do adolescente, independentemente de ele possuir uma habilidade artística especial. Hoje tem se discutido e se reconhece que o estudo da Arte desenvolve não só a sensibilidade, mas também a cognição, isto é, a capacidade de adquirir conhecimentos. Assim, o jovem que estuda Arte vai se sair bem melhor também nas demais disciplinas.
2) A escola já se adaptou à rápida expansão da Arte Contemporânea?
Apesar dos PCNS apresentarem uma