Comercio internacional e a crise globalizada
ECONOMIA BRASILEIRA E INTERNACIONAL
São Paulo
2011/2
COMERCIO INTERNACIONAL E CRISE GLOBALIZADA
Na atual fase da economia mundial, em que tudo é mais interligado do que nunca, a crise iniciada nos Estados Unidos já provoca retração da produção global.
A economia mundial chegou à metade de 2009 mergulhada na pior crise desde o fim da II Guerra Mundial (1945). Pela primeira vez neste período, os Estados Unidos (EUA), os países da Europa Ocidental e o Japão estão ao mesmo tempo em recessão – ou seja, enfrentam redução em suas atividades econômicas.
Os principais índices econômicos no mundo mostram essa realidade: a Zona do Euro (países da União Europeia cuja moeda é o euro) chegou a abril de 2009 com uma queda acima de 20% da atividade industrial, culminando em 12 meses de retração econômica; os EUA atravessam a mais longa depressão em 64 anos, com a recessão iniciada em dezembro de 2007 chegando ao 18° mês; o comércio mundial, que engloba as exportações e importações de todos os países, tem previsão de cair 3% em 2009 (o pior resultado em 30 anos); o conjunto da economia mundial deve encolher 1% neste ano, segundo previsões das Nações Unidas.
Quando falamos do conjunto da atividade econômica de um país ou do mundo em um ano, usamos a expressão Produto Interno Bruto (PIB). 0 PIB do Brasil em 2008, por exemplo, foi de 2,9 trilhões de reais, somando o conjunto das atividades da indústria, da agricultura e do setor de serviços. Quando há uma recessão, o valor do PIB em um ano é menor do que o do ano anterior.
Mas, para que as economias tenham bom índice de crescimento, é importante que ele seja maior do que o aumento da população do país, para que as novas levas de jovens que chegam ao mercado de trabalho possam encontrar vagas (esse quadro se expressa no crescimento do PIB per capita – número obtido com a divisão do total do PIB pelo total de habitantes do país). Isso tudo explica por que o cenário de