COMERCIO EXTERIOR
Participaram da mesa Mário Chady, do Grupo Trigo, Eloi de Oliveira, da Flytour, Caito Maia, da Chilli Beans, e Jae Ho Lee, do Grupo Ornatus. Para os empreendedores, o mercado brasileiro ganhou milhões de novos consumidores – e grande parte deles está nas cidades pequenas, com dezenas de milhares de habitantes. As franquias devem se preparar para atender a esse público, carente dos produtos e serviços que são oferecidos apenas em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.
A Chilli Beans é uma das redes que já explora o interior do país. Segundo Maia, o fundador da marca, as franquias do Acre, por exemplo, têm até indígenas como clientes.
As cidades do interior não têm apenas novos consumidores como atrativo. De acordo com os franqueadores, os custos de aluguel são menores, e o turnover costuma ser baixo – não há tanta oferta de trabalho como nas capitais. Se a franquia tem um bom ritmo de vendas, em nove meses o franqueado consegue ter o dinheiro investido de volta.
Fronteira
A maioria das franquias brasileiras, afirma Oliveira, da Flytour, deveria buscar oportunidades no exterior. Os atrativos são muitos: os custos para abrir uma unidade são menores, e o público tem interesse em produtos e serviços criados no Brasil.
“Os shoppings americanos, por exemplo, ajudam na contratação de mão de obra e até encontram um local adequado para cada tipo de negócio”, diz Maia, que abriu lojas da Chilli Beans nos Estados Unidos.
Os franqueadores, no entanto, alertam que a internacionalização, apesar de atraente, exige estudo e cautela. “É preciso também encontrar alguém no exterior que se apaixone pela marca e pela cultura da rede”, afirma Chady, do Grupo Trigo.
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