O filme Olga, dirigido pelo brasileiro Jayme Monjardim, retrata com maestria o cenário político e social, especialmente de nosso país, durante o período da Era Vargas e a decorrente Segunda Grande Guerra. Com o enfoque na história de Olga Benário, a película acompanha sua trajetória desde que a protagonista faz a opção por deixar sua residência na Alemanha para aliar-se na militância comunista da antiga União Soviética, até seu trágico final dentro de uma câmara de gás nos campos de concentração nazista. Tendo como ponto de partida o momento em que Olga é designada a tomar conta da segurança pessoal de Luís Carlos Prestes, ideólogo e ex-comandante da fracassada Coluna Prestes, o filme começa retratando a constate desconfiança e tensão política pela qual a Europa estava passando em pleno regime totalitário alemão. Entretanto, durante a viagem que tinha como meta trazer Prestes à salvo ao Brasil para que ele pudesse tentar incorporar o regime Comunista ao nosso governo, nasce o romance entre a protagonista e o ex-comandante, que será o ponto dramático da história até o final do filme. Chegando ao Brasil, a película começa a reproduzir o contexto no qual nosso país se encontrava durante os anos de 1930 a 1945, chamado de Era Vargas. São acompanhados os planejamentos e reuniões liderados por Prestes, sempre em segredo, na cidade do Rio de Janeiro, que visavam a uma revolta que acabasse por tomar o poder do então presidente Getúlio Vargas e implantasse o regime comunista em território nacional. Com a iminência do chamado "perigo vermelho", nome dado à ameaça comunista na época, Vargas decide implantar o Estado de Sítio e dá início a uma verdadeira caçada aos líderes revolucionários na cidade. É aí que o grupo de Prestes começa a ser desmascarado e consequentemente exposto às forças totalitárias do governo, resultando na prisão do próprio líder do movimento e até de Olga, sua então companheira. O ápice da história acontece quando Olga, que tinha recém