A arte é um conceito academicamente bastante escorregadio. Não apenas por suas diversas opiniões, mas também pela sua pluralidade semântica. Podendo significar diversas coisas, o termo pede uma delimitação precisa, mas de difícil alcance. Lato sensu, a arte séria “o dom criador, o espírito animador e, ao mesmo tempo, o conjunto de todas as Artes, incluindo-se entre estas, tanto as Artes Plásticas, quanto as Artes Literárias, tanto o Cinema, quanto a Poesia, o Teatro como a Dança e a Música” (SUASSUNA, 2011, p. 190). Fazendo um levantamento bibliográfico desde a “origem da arte” encontraremos poderemos encontrar uns seis ou sete conceitos básicos. Mas são vários os conceitos formulados no decorrer da historia, mas sempre focando um aspecto ou outro. Podemos encontrar a arte como elemento místico e religioso que embasam o entendimento das artes rupestres encontrada nas paredes das cavernas. Arte como a busca pura e exclusiva da Beleza, ou arte com objetivos uteis e práticos. Há os que olham a arte como uma forma de conhecimento ou um modo pratico e belo de tornar acessíveis às massas concepções religiosas, politicas e filosóficas. A estética psicanalítica, por exemplo, afirma que a arte é a sublimação de traumas, frustrações e complexos do artista (SUASSUNA, 2011). São várias as concepções. Mais interrogações que afirmativas. A estética vem se desenvolvendo desde a Grécia antiga, com Sócrates, Platão e Aristóteles e ainda hoje na modernidade está longe de encontrar consenso (ibidem). Mas são vários os autores que ressaltam o poder transformador da arte. Seja no âmbito moral, social, politico, filosófico, etc. Tyszler (2007, p. 1018) afirma que "é preciso convencer e mostrar para a sociedade e os apoiadores o poder transformador que a arte possui”. E continua, se especificando na música: “A música, por exemplo, possui o potencial transformador de comunicar uma visão de mudança social e de atingir indivíduos e sociedade. Como dito por Flávio Pimenta, fundador