Com A Constitui O Da Moderna Na O Italiana
.Em sua obra, Burckhard descreve detalhadamente o cenário político italiano renascentista, quando, a olhos vistos, repúblicas e principados passavam por significativas modificações, alguns aumentando de tamanho, outros encolhendo e até mesmo desaparecendo, quando se inovava na arte de governar e desenvolviam-se instituições estatais muito diferentes das existentes no restante da Europa, na mesma época. Para expressar, em uma outra fórmula, a transformação em curso na esfera estatal, que na Itália primeiro e na Europa Ocidental logo a seguir, o Estado estava deixando de ser um poder orgânico, tipicamente feudal, para começar a ser um poder máquina, tipicamente moderno.
.A partir dessa exemplificação de o que seria a ser um Estado Obra de Arte, Chabod a toma por base em sua tese e à cita nessa passagem “Faz quase um século, em seu Kultur der Renaissance(1860), Jacob Burckhardt falava do Estado italiano do Renascimento como de um Estado já moderno e o batizava 'o Estado obra de arte'. Vale dizer, o Estado criado pela vontade fria, precisa e clarividente de um príncipe que, tal como um artista, cria sua obra calculando todos os meios para que dê bons resultados” e faz uma critica, mas com um carácter de tentar reinterar e desenvolver ainda mais a analise feita por Burckhard, do que com a intenção de desaprovação.
De acordo com Chabod, na Itália dos anos quatrocentos e início dos quinhentos, as inovações que ocorrem na arte da guerra, nos procedimentos burocráticos e nas atividades diplomáticas, foram de tal importância que delas surgiu uma nova estrutura estatal. Certamente que podemos encontrar em