Coluna J
O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para Javé (YHWH), onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés.
Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem pacífico. (2 Samuel 7:1-16; 1 Reis 5:3-5; 8:17; 1 Crónicas 17:1-14; 22:6-10).
Desta forma, coube ao Rei Salomão esta incumbência de construir o templo, iniciando a construção no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, (1 Reis 6:1; 1 Crónicas 28:11-19), sendo que o trabalho prosseguiu por sete anos (1 Reis 6:37, 38).
O templo tinha uma planta muito similar ao tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. Na entrada, antes do portal, duas enormes pilastras, uma com a letra B e outra com a letra J representavam as palavras Booz e Jaquim.
Booz deriva de Boaz, nome do patriarca hebreu que fundou a dinastia do rei Davi. Casado com a moabita Rute, Boaz foi pai de Obed, que por sua vez gerou a Isaí, ou Jessé ou Jaquim, que foi pai do rei Davi. Na tradição hebraica, portanto, Boaz foi aquele que fundou a família que iria, mais tarde, estabelecer o reino de Israel.
Jaquim ou Jackin, dependendo de onde se pesquisa, o belemita (significa natural de Belém), foi um homem de vida simples, agricultor e pastor de ovelhas. Foi também um homem bom, solidário e piedoso, pai de família exemplar, sendo ungido por Deus através do profeta Samuel em razão de seu extraordinário caráter.
O que chama atenção na vida desses dois homens são suas ações em favor de seus semelhantes, dos mais humildes e menos favorecidos.
A lição de vida que podemos aprender com os nossos Irmãos do passado é exatamente