colapso
Nesse contexto, as tensões nacionais na Europa estão aumentando. França e Itália, apoiadas pelo Reino Unido e pelos EUA, defendem a criação de títulos europeus conjuntos (euro-títulos), e a disponibilização de fundos ilimitados pelo Banco Central Europeu aos países endividados para satisfazer o apetite dos mercados financeiros.
O objetivo da criação dos euro-títulos é salvar os bens dos bancos e os fundos dos super-ricos com o uso de dinheiro público, ao mesmo tempo em que o fardo da crise é transferido para as costas da classe trabalhadora. Mesmo assim, os Social Democratas, os Verdes e o Partido de Esquerda alemão apoiam com entusiasmo essa medida.
Além disso, a causa básica da crise não é o endividamento dos países europeus. Na realidade, a dívida média dos países da UE é consideravelmente menor que a dívida dos EUA, Japão ou Reino Unido. Na realidade se trata de uma crise internacional do sistema capitalista, cujo epicentro está nos EUA. A Europa é o principal alvo dos ataques do mercado financeiro porque está cindida e fragmentada.
3. Após a grave crise financeira iniciada em meados de 2007, a economia mundial continua cercada de incertezas e de ameaças que são acentuadas pelas dicotomias e contradições entre as políticas macroeconômicas. O corte de gastos públicos e o aumento dos impostos, em um período de fraco crescimento, tendem a reduzir a demanda interna, levando à uma menor arrecadação e a um aumento de empréstimos problemáticos. Há diversas indicações que essa prescrição européia de política macroeconômica associada a empréstimos a custos relativamente elevados consegue apenas adiar a solução do problema. Esse adiamento pode ser instrumental para os grandes bancos europeus, em particular alemães e franceses,