Coevolução
Resumo
As interações entre espécies são uma importante fonte de seleção natural em muitas espécies e têm influenciado a evolução das espécies em relação ao numero e a diversidade fenotípica. Quando a adaptação de uma espécie em relação a outra é acompanhada por uma mudança reciproca, diz-se que ocorreu coevolução.
Estudos genéticos, ecológicos e filogenéticosfornecem importantes discernimentos sobre a coevolução. A coevolução não leva necessariamente a coexistência estável. Sistemas predador-presa e parasita-hospedeiro podem evoluir para extinção, em direção a um equilíbrio ecológico ou genético estável ou em direção a flutuações indefinidas na composição genética e nas densidades populacionais. A evolução da virulência em parasitas depende de vários fatores, sendo que a evolução de maior virulência é esperada quando os parasitas são transmitidos horizontalmente entre hospedeiros, quando a transmissão ocorre verticalmente do genitor para os descendentes espera-se que a evolução da virulência menor seja favorecida.
O mutualismo, no qual o individuo de cada uma das espécies obtém benefícios do outro, pode ser considerado uma exploração reciproca. A seleção favorece genótipos que forneçam benefícios a outras espécies se essa ação devolve os benefícios. Alguns mutualismos evoluíram a partir de reações parasíticas, e outras evoluíram para esse tipo de relação quando uma das espécies passou a ter a habilidade de fraudar a relação. Repostas evolutivas à competição entre espécies podem levar a divergência no uso de recursos e algumas vezes na morfologia (deslocamento de caráter), ou a divergência e exclusão competitiva. O deslocamento de caráter pode resultar na evolução de diferenças igualmente espaçadas no uso de recursos entre espécies, no caso de competição de espécies múltiplas. Essas diferenças podem refletir em diferenças morfológicas entre espécies, porém boa parte do mesmo padrão pode se originar por extinção de