Coesão e coerencia
Professora: MSc. Diná Rocha
Coerência
Quando se fala em redação escolar, sempre se aponta a coerência das ideias como uma qualidade indispensável para qualquer tipo de texto.
Coerência deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja nada destoando, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. No texto coerente, não há nenhuma parte que não se solidarize comas demais.
Vamos mostrar apenas três dos níveis em que a coerência deve ser observada:
-coerência narrativa;
-coerência figurativa;
-coerência argumentativa.
Coerência narrativa É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freios, que pára imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente. Vejamos um exemplo de equívoco cometido em redação:
“Lá dentro havia muita fumaça formada pelo cigarro e essa fumaça não deixava que nós víssemos qualquer pessoa, pois ela era muito intensa.
Meu colega foi à cozinha me deixando sozinho, fiquei encostado na parede da sala e fiquei observando as pessoas que lá estavam. “Havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas, etc.”
Nesse caso o sujeito não podia ver e viu. O texto tornar-se-ia coerente se o narrador dissesse que ficara encostado à parede imaginando as pessoas que estavam por detrás da cortina de fumaça.
Outros casos de incoerência narrativa podem ocorrer. Se, por exemplo, um personagem adquire um objeto de outro, é claro que esse outro deixou de possuí-lo. Assim é incoerente relatar, numa certa altura da narrativa, que roubaram de uma senhora um valiosíssimo colar de pérolas, e, numa passagem posterior, sem dizer que ela o tenha recuperado, referir-se ao mesmo colar envolvendo o pescoço da mesma senhora numa recepção de gala.
Um outro tipo de incoerência narrativa pode ocorrer em relação à