coesão referencial
Ocorre coesão referencial quando um elemento da sequência textual (forma referencial ou elemento de retomada) remete a outro componente do texto (referente). A noção de referente é bem ampla, podendo ser representado por um nome, um sintagma, uma oração ou um enunciado inteiro.
Coesão Referencial por Substituição:
A substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma pro-forma. Como a substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex: As crianças aceitam bem. O problema maior são os pais e professores, que têm nojo e acabam transmitindo isso para os menores.
Coesão Referencial por Reiteração:
Há casos em que a coesão não se dá através de remissões, mas apenas pela repetição do mesmo elemento linguístico. Este recurso é, em geral, bastante usado nas propagandas, com o objetivo de fazer o ouvinte/leitor reter o nome e as qualidades do que é anunciado. Ex: Em 1937, quando a Ipiranga foi fundada, muitos afirmavam que seria difícil uma refinaria brasileira dar certo.
Quando a Ipiranga começou a produzir querosene de padrão internacional, muitos afirmavam, também, que dificilmente isso seria possível.
Quando a Ipiranga comprou as multinacionais Gulf Oil e Atlantic, muitos disseram que isso era incomum.
E, a cada passo que a Ipiranga deu nesses anos todos, nunca faltaram previsões que indicavam outra direção.
Quem poderia imaginar que a partir de uma refinaria como aquela a Ipiranga se transformaria numa das principais empresas do país, com 5600 postos de abastecimento anual de 5,4 bilhões de dólares?
E, que além de tudo, está preparada para o futuro?
É que, além de ousadia, a Ipiranga teve sorte: a gente estava tão ocupado trabalhando que nunca sobrou muito tempo para prestar atenção em profecias. (Revista VEJA, nº 37, setembro/97)