COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL-Teoria da Argumentação Jurídica
POR QUE PRODUZIMOS TEXTOS?
Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar... Ou seja, o texto é uma unidade de significado produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos um texto em que há coerência.
A coerência é resultante da não contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o(s) que lhe suceder(em), formando assim uma cadeia em que todos eles estejam, concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa concatenação, ou quando um segmento textual está em contradição com um anterior, perde-se a coerência textual.
A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo a que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor.
COESÃO
A coesão textual é elemento facilitador para a compreensão do texto, mas é a coerência que lhe dá sentido. Podemos ter textos desprovidos de elementos de coesão, mas coerentes, bem como textos que apresentam mecanismos de coesão, mas que não são coerentes.
Enquanto a coesão se manifesta no plano linguístico, ou seja, nas relações semânticas e gramaticais entre as partes do texto, a coerência se manifesta no plano das ideias, dos conceitos. A coerência deve estar presente em todos os tipos de texto.
QUANDO NÃO HÁ COESÃO
Não há coesão em um texto quando, por exemplo, empregam-se de modo inadequado conjunções e pronomes, deixando palavras ou frases desconectadas, quando a escolha vocabular é inadequada, quando há ambiguidades, regências incorretas...
CONCEITO GERAL