coerção

1 INTRODUÇÃO

“Quase todos os seres vivos agem buscando livrar-se de contatos prejudiciais... Provavelmente, esse tipo de comportamento desenvolve-se devido ao seu valor de sobrevivência” (SKINNER, 1983, p. 24 apud MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p. 64)
Corroborando com o que Skinner afirmou, Sidman (2009, p. 17) afirma que quase em todas as esferas de interação humana existe o uso quase exclusivo de coerção. Por coerção, este autor (2009, p.17) entende como “o uso da punição e da ameaça de punição para conseguir que os outros ajam como nós gostaríamos e à nossa prática de recompensar pessoas deixando-as escapar de nossas punições e ameaças”. Controle coercitivo gera fuga e esquiva.
Para Sidman (2009, p. 47) coerção é uma subcategoria do controle. E o controle não precisa ser sempre coercitivo. O controle sempre existirá, e por controle pode-se entender o estímulo que faz com que o indivíduo se comporte.
Neste sentido, torna-se importante a análise do comportamento, somente assim pode-se identificar a coerção, fuga e esquiva, e assim substituí-los por métodos não-coercitivos. Sendo assim, o presente trabalho relata a observação realizada em uma celebração de Primeira Eucaristia em uma igreja católica na cidade de Francisco Beltrão, estado do Paraná, no dia 03 de novembro de 2012.

2 CONTROLE COERCITIVO

No dia 03 de novembro de 2012, foi realizada em uma igreja católica na cidade de Francisco Beltrão - Paraná, durante uma celebração da Primeira Eucaristia, das 09:30 às 11:00 hs, a observação para identificação de métodos de controle coercitivo, fuga e esquiva.
Percebeu-se controle no momento das renovações dos votos do batismo, quando o sacerdote falava a frase para os catequizandos e estes respondiam “Creio” ou “Renuncio”. Durante a fala do sacerdote, percebia-se que as crianças estavam sobre o controle dos gestos e palavras do Padre. Pode-se considerar esse controle como aversivo, pois, de acordo com Moreira e Medeiros (2007, p.