Cobras venenosas
Definir qual a serpente brasileira é a mais perigosa é um assunto um pouco complexo, pois temos que levar em conta a quantidade de acidentes ofídicos, bem como as conseqüências do envenenamento.
No Brasil existem 4 grupos de serpentes peçonhentas (venenosas):
Gênero Micrurus: coral verdadeira;
Gênero Bothrops: várias subespécies de jararacas (urutu-cruzeiro, jararacuçu, jararacão, cortiara e caiçara);
Gênero Crotalus: cascavel (5 subespécies);
Gênero Lachesis: Surucucu.
Sem dúvida o maior numero de acidentes acontecem com as jararacas, cerca de 85% dos casos, sendo que não havendo a soroterapia as mortes podem chegar a 8%.
Logo depois temos os acidentes com as cascavéis, cerca de 9% dos casos, sendo que não havendo a soroterapia as mortes podem chegar a 72%, e 11% entre aqueles que receberam o soro anticrotálico.
A surucucu é a maior serpente peçonhenta das Américas. No Brasil os acidentes com essa serpente representa cerca de 2,5% do total. Não se sabe ao certo o número de mortes provocado pelo envenenamento dessa serpente, pois ela habita a floresta Amazônica, e muitos casos não são relatos as autoridades de saúde, mas acredita-se que o índice de óbitos seja grande, devido ao tamanho avantajado do animal (pode chegar a 3,5m) que tem a capacidade de injetar grande quantidade de veneno em sua vítima.
Finalmente temos os acidentes com a coral verdadeira, que representa apenas 1% do total. Quase 100% das pessoas envenenadas por essa serpente pode morrer se não tratada com o soro antiofídico, sendo que o índice de mortes entre as pessoas tratadas também é alto.
Como entre esses 4 grupos de serpentes peçonhentas existem várias subespécies fica difícil fazer um ranking das mais perigosas, mas mesmo assim tentarei fazê-lo, não levando em conta o numero de acidentes, e sim o poder tóxico da peçonha assim como os índices de IRA (insuficiência renal aguda)