Coaching
Rosa R. Krausz(**)
O meio empresarial contemporâneo tem se mostrado cada vez mais complexo . A turbulência, a imprevisibilidade e rapidez de mudança que caracterizam o mundo empresarial, entretanto, não são propícias a ambientes de trabalho tranquilos e geradores de satisfação.
Como indica um levantamento realizado em 5 capitais brasileiras realizado pelo Valor Econômico, o índice de insatisfação mais do que dobrou, passando de 18% em 2003 para 42% em fins de 2006.
A queixa mais freqüente foi a falta de feedback das chefias sobre o desempenho dos entrevistados e a carência de elogios que leva as pessoas a se limitarem ao cumprimento da rotina e a ter “problemas de engajamento” (Valor Econômico/18/10/06)
Poder-se-ia inferir que as organizações , e muitos dos que ocupam posições de liderança, não têm se destacado pela atenção que dedicam aos seus colaboradores, deixando de contribuir para a manutenção de níveis elevados de auto-estima e auto-motivação, enzimas necessários para provocar o engajamento com os resultados do trabalho.
O paradoxo desta situação, mais comum do que se imagina, é que, embora exista um corpo de conhecimentos disponíveis que demonstra a relação entre reconhecimento e produtividade, este nem sempre é aplicado por aqueles que ocupam posições de liderança nas organizações. Hansen, M.T. e Nohria, N. (in How to Build Collaborative Advantage, Sloan Management Review, Fall, 2004) num levantamento com executivos de 107 empresas identificaram 4 aspectos do processo de gestão que podem promover a colaboração entre áreas/unidades
* comportamento da liderança,
* valores e metas compartilhadas,
* procedimentos relacionados com RH e
* mecanismos laterais de comunicação entre áreas.
Como afirmam os autores “quando as lideranças sinalisam a importância da colaboração ao trabalharem juntas, os funcionários tem maior probabilidade de se motivarem a pedir e oferecer ajuda.”