Co-transmissão
Em uma fenda sináptica em que dois neurotransmissores diferentes são liberados na mesma sinapse, um deles é considerado co-transmissores. Estes tem a capacidade de potencializar a ação do transmissor principal.
Ex.: Glutamato e glicina
É regra e não exceção o fato de que os neurônios liberem mais de um neurotransmissor, que interagem em receptores específicos produzindo efeitos.
Qual a vantagem funcional da co-transmissão quando comparada a transmissão realizada por apenas um transmissor que age sobre vários receptores diferentes?
Um constituinte do coquetel pode ser removido mais lentamente do que outro e como consequência atingir alvos mais distantes do sítio de liberação, assim produzindo efeitos mais duradouros.
Ex.: Acetilcolina e hormônio liberador de gonadotrofinas nos gânglios simpáticos (despolarização mais lenta).
O equilíbrio entre os transmissores liberados pode variar sob diferentes condições. Nas terminações nervosas simpáticas, por exemplo, onde a noradrenalina e o NPY são armazenados em vesículas diferentes, este último é liberado preferencialmente quando em frequências de estimulação altas. Deste modo a liberação de um ou de outro pode resultar na variação do padrão de descarga.
Efeitos diferenciais dos moduladores pré-sinápticos, induzindo a liberação de um ou outro neurotransmissor nas terminações nervosas simpáticas:
Ex.: Ativação de β-adrenoceptores inibe a liberação de ATP, mas aumenta a liberação de noradrenalina.
Término da ação dos transmissores
As sinapses químicas, com exceção das peptidérmicas, incorporam um mecanismo para o rápido processamento do transmissor do transmissor liberado, fazendo com que sua ação seja breve e localizada.
Na maioria dos casos, a ação do neurotransmissor é finalizada através de sua captura ativa realizada pelo neurônio pré-sináptico ou por células auxiliares, como as da Glia. Tal captura depende de proteínas transportadoras que são específicas para cada transmissor.