Clima e Satisfação no Trabalho
É meta de qualquer organização aperfeiçoar suas operações de maneira a produzir mais e melhor. Durante décadas acreditou-se que um ambiente rigidamente controlado aliado a profissionais competentes eram suficientes para a realização deste intento, contudo, com o passar dos anos os estudos demonstraram a relevância dos aspectos sociais, situacionais e organizacionais no comportamento, e consequentemente na produção, do ser humano de acordo com a sua percepção. Segundo Schneider e Reichers (1983) estas percepções constituem a base do clima organizacional.
Antes de tudo é preciso não confundir clima organizacional com clima psicológico. Enquanto o primeiro trata das percepções coletivas na organização, a maneira como o grupo percebe o ambiente, o segundo enfoca a satisfação do individuo, a afetividade, em relação ao ambiente onde reside.
CLIMA ORGANIZACIONAL
Toro (2008) define clima organizacional como “percepções compartilhadas que os membros desenvolvem através de suas relações com as politicas, as práticas e os procedimentos organizacionais tanto formais quanto informais.”.
Para Tamayo (2001, p. 33) são variáveis de nível individual, valores e características pessoais, e variáveis organizacionais, que influenciam o clima de uma organização. Pensando-se nisso foi possível construir uma Escala de Clima Organizacional (ECO), composta por 63 itens, validada e construída através de estudo do que, segundo Martins e colaboradores (2004), compõe a base comum do clima organizacional.
Tais perguntas dividiam-se entre cinco fatores do clima organizacional, pois representavam os aspectos que constituíam essas dimensões. São elas apoio da chefia e da organização (Fator 1, com 21 itens), recompensa (Fator 2, com 13 itens), conforto físico (Fator 3, com 13 itens) controle/pressão (Fator 4, com 9 itens) e coesão entre colegas (Fator 5, com 7 itens.). As respostas de cada item eram obtidas através de uma escala de 1 a 5, onde 1 era correspondente a “Discordo