Classificação do arroz para fins de comercialização
Maringá, 18 de dezembro de 2009
INTRODUÇAO
A cultura do arroz desempenha um papel fundamental na nutrição humana, sendo responsável pela alimentação de mais de dois terços da população mundial.
“Nenhuma outra atividade econômica alimenta tantas pessoas, sustenta tantas famílias, é tão crucial para o desenvolvimento de tantas nações e apresenta mais impacto sobre o nosso meio ambiente. A produção de arroz alimenta quase a metade do planeta todos os dias, fornece a maior parte da renda principal para milhões de habitações rurais pobres, pode derrubar governos e cobre 11% da terra arável do planeta." (Ronald Cantrell, 2002).
O Brasil durante muitos anos foi exportador de arroz. Na década de 80 passou a importar pequenas quantidades (5% da demanda total) e, a partir de 1989/90, se tornou um dos principais importadores deste cereal, chegando a 2 milhões de toneladas, em 1997/98, quando atingiu, uma média superior a 10% da demanda interna. A lacuna entre a produção e o consumo anual de arroz irrigado, a partir da década de 90, passou a ser suprida, principalmente pelo Uruguai e Argentina, que responderam por cerca de 90% das importações brasileiras. Esses dois países com produção de arroz do tipo agulhinha de alta qualidade, custos de produção menores, juros mais competitivos de financiamento, carga tributária mais branda, fretes e custos de comercialização inferiores aos do Brasil, além da proximidade geográfica, alavancaram rapidamente sua produção, com vistas ao mercado brasileiro. O Brasil atualmente encontra-se entre os dez maiores importadores, absorvendo cerca de 5% do volume das exportações mundiais.
Segundo o gráfico abaixo, o consumo médio de arroz no Brasil é cerca de 32 Kg/habitante/ano, considerando-se arroz limpo com grãos inteiros.
Consumo Per Capita de Arroz e Feijão no Brasil (1981-2009)
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Fonte: IBGE/CONAB. (Elaborado na Embrapa Arroz e Feijão por