Classicos Politicos
Laville inicia sua obra ressaltando que vivemos num mundo bastante complexo, apesar de todo o conhecimento produzido até hoje, muito há para se conhecer e teorizar dentro de nossa vida. O homem da Pré-História já se deparava com a necessidade de conhecimento para assim enfrentar os riscos oferecidos pela natureza e garantir sua sobrevivência. O conhecimento científico permitiu ao homem uma vida mais longa e de maior qualidade, porém, há muito para se conhecer e decifrar nas mais diferentes áreas, por isso o conhecimento científico estará sempre em voga e numa relação dialética com o homem ele continuará transformando-o e transformando-se. A primeira forma de elaboração do saber do homem se dá a partir de sua experiência e de suas observações pessoais, seguidos da intuição que temos diante da repetição constante dos fatos, como sabemos que o Sol nascerá todos os dias. É o que a Filosofia clássica chamou de método indutivo. A indução apesar de não transpassar o senso comum, também produz conhecimento que por sua vez enraíza na sociedade na forma de tradição e assim é passada de geração para geração. Esta transmissão da tradição, muitas vezes ainda “que sem provas metodológicas elaboradas”, é feita por autoridades que se encarregam desta transmissão, Laville exemplifica este fato citando a igreja católica que decidiu, por exemplo, as regras do casamento. Segundo o autor, “o principal modo de transmissão do saber”, na instituição escolar, assemelha-se, ao mesmo tempo, ao da tradição e ao de autoridade, Isto porque escolheram o saber que parece útil ou necessário a transmitir a todos os membros da sociedade.
Muito cedo, porém, o homem sentiu que o saber fundamentado na intuição, no senso comum ou na tradição, era bastante frágil e sentiu o desejo de ir além. Assim, da indução o homem chega à dedução, por sua vez o “raciocínio dedutivo permite ampliar conhecimentos já