classicismo
Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que, na história da arte, concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito clássico; a outra, o romântico. As três grandes manifestações classicistas da Idade Moderna europeia são o renascimento, o humanismo e o neoclassicismo. A arte clássica, por conta de seu contexto histórico, é impulsionada por grande explosão de vida e confiança no ser humano. Por isso, essas manifestações artísticas são marcadas pela visão antropocêntrica, que evidenciará a beleza do corpo humano na pintura e na escultura
Os escritores classicistas retomaram a ideia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla a expressão das emoções. Por isso, buscavam o equilíbrio entre os sentimentos e a razão, procurando assim alcançar uma representação universal da realidade, desprezando o que fosse puramente ocasional ou particular. Os versos deixam de ser escritos em redondilhas (cinco ou sete sílabas poéticas) – que passa a ser chamada medida velha – e passam a ser escritos em decassílabos (dez sílabas poéticas) – que recebeu a denominação de medida nova. Introduz-se o soneto, 14 versos decassilábicos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. A literatura se enriquece com a incorporação de muitas palavras latinas. Luís Vaz de Camões foi o mais importante poeta do classicismo português, sendo sua maior obra, Os Lusíadas, a maior epopeia já escrita em português.
Designa-se música clássica a música erudita, ou seja, a música ocidental composta entre os séculos XVIII e XIX. Num sentido mais amplo, é tomada também como sinônimo de toda a música erudita