Ciência e tecnologia
II período
FILOSOFIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
06/12/2012
Professor:
Avelino Neto
Homo sapiens, homo faber
Quando nos referimos ao homo sapiens, enfatizamos a característica humana de conhecer a realidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo. A denominação homo faber é usada quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem só torna capaz de transformar a natureza.
Homo sapiens e homo faber são dois aspectos da mesma realidade humana. Pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz de agir e transformar a realidade.
Em decorrência, a maneira como os homens agem para adequar a natureza aos seus interesses de sobrevivência influi de modo decisivo na construção das representações mentais por meio das quais explicam essa realidade. Da mesma forma, tais construções mentais tornam possíveis as alterações necessárias para adaptar as técnicas à solução dos problemas que desafiam a inteligência humana.
Por exemplo, quando Gutenberg inventa os tipos móveis no século XVI, a imprensa passa a desempenhar papel decisivo na difusão das ideias e na ampliação da consciência crítica, o que altera o conhecimento que o homem tem do mundo e de si mesmo. No século XX, o aperfeiçoamento técnico do telefone, telégrafo, fotografia, cinema, rádio, televisão, comunicação via satélite, certamente vem mudando a estrutura do pensamento, agora marcado pela cultura da imagem e do som e pela "planetarização" da consciência.
As transformações da técnica
Utensílio, máquina e autômato. Grosso modo, eis as três etapas fundamentais do desenvolvimento da técnica.
No estádio inicial, o utensílio é um prolongamento do corpo humano: o martelo aumenta a potência do braço e o arado funciona como a mão escavando o solo.
Quando deixa de usar apenas a energia humana, a técnica passa ao estádio