ciência e pensamento
Ciência e pensamento
Segundo Heidegger existem duas formas de pensamento: o pensamento computacional e o pensamento meditativo. O pensamento computacional é aquele que calcula, que planeja, investiga e trabalha com possibilidades continuamente novas, sem parar. Já o pensamento meditativo é aquele que pondera (e por isso também é chamado de ponderação meditativa), é aquele paira sobre a realidade e muitas vezes necessita de um esforço maior para ser alcançado.
O pensamento computacional está presente na ciência moderna, ele tem por objetivo visualizar friamente a natureza, não se deixando levar por variáveis inexatas. A ciência e seu método de gerar conhecimento se espalhou pelo mundo todo, dado a sua eficiência e utilidade tanto para o surgimento de novas tecnologias, quanto para esclarecimentos a respeito da natureza biológica do próprio homem. Por esses e por outros motivos ciência é ensinada no mundo inteiro e não há como pará-la.
Ensinando-se ciência, ensina-se também uma forma de pensar, uma maneira de olhar o mundo, em que dá-se a entender que a natureza é dominada pelo ser humano, que se pode fazer dela o que quiser, inclusive destruí-la se for preciso.
Ainda dentro dessa forma de pensar, o homem é visto como uma parte qualquer da natureza. Então, ele também está sujeito à mesma condição. Neste ponto há um paradoxo na teoria, pois a meu ver não há como ficar ao mesmo tempo na condição do dominador e de dominado.
O pensamento computacional está impregnado na sociedade. Heidegger disse que o homem está sempre fugindo da outra forma de pensar (que seria a ponderação meditativa), logo está perdendo sua condição terrena, desapegando-se cada vez das suas raízes: o própria natureza.
Para Arendt a relação entre ciência e pensamento é bastante similar. Ela cita três eventos que ocorrem no século XX, que são indicativos de que o homem está se afastam da sua condição natural: o lançamento do satélite, a