CIÊNCIA E FILOSOFIA Flávia Cristina dos Santos¹ O pensamento mítico formou-se com o Homem como à primeira forma de pensar a realidade. Ao narrar-se a sua origem, dá-se igualmente uma explicação para o seu sentido e a finalidade. Era um saber não empírico, mas um saber cultural Então nasceu na Grécia a filosofia como um saber totalizante. No seu começo, a ciência estava ligada à filosofia, sendo o filósofo quem refletia sobre a indagação humana. Mas “separaram” com o desenvolvimento da ciência moderna, a partir do século XVII. O homem pode então chegar à epistem (ciência) se livrando do reino da doxa (pinião). Os primeiros pensadores que dão expressão filosófica ao problema da existência de uma causa suprema são os filósofos: Tales, Anaximandro, Anaxímedes. Para os gregos da Antiguidade, Physis significava a origem, o Todo, era remontar à nutriz de todo o processo real, era recuar à matriz primeira de onde tudo brota e fora da qual nada acontece. . Heraclito e Parménides representam, historicamente, um radicalizar de posições: o primeiro, aparece como o defensor da mudança: não se pode penetrar duas vezes no mesmo rio; o segundo, como partidário radical da unidade fundamental de todas as coisas. Esta oposição não resiste, todavia, a um estudo aprofundado das posições dos dois pensadores. O pensamento influenciado pela Igreja católica na Idade Média, traz o teocentrismo. Que acabou por definir as formas de sentir, ver e também pensar durante o período medieval. As verdades sobre o mundo e sobre todas as coisas deviam ser buscadas nas palavras de Deus. Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, a definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. Entra em cena o antropocentrismo, privilegiando a razão e o conhecimento. Coma modernidade trazendo ramificações e autonomia da ciência com