Ciência Política
O início do quinto capítulo da obra “Tratado da Política” de Aristóteles fala-nos da principal razão para a constituição do Estado. O autor afirma justamente que a própria vida se revela uma razão suficiente para a vida em sociedade, no entanto não só o viver em sociedade é motivo para a criação do Estado, para isso é necessário o bem viver em sociedade. Sim, existem muitas diferenças entre viver em sociedade e o bem viver em sociedade, e essa diferença é bem mais do que a simples palavra “bem”, é sim uma diferença bem mais complexa e profunda, chamada felicidade. Exemplos como os escravos ou os animais, são excluídos da sociedade, uma vez que a finalidade deles não é a felicidade, ambos lutam apenas pela sobrevivência. O texto revela ainda que os homens não se agruparam em Estados para formarem sociedades militares ou para fazerem trocas de bens e serviços, pois todos eles possuem magistrados próprios que a única preocupação que têm para com os outros povos é a existência de segurança entre eles, não se interessando sobre a injustiça ou viciosidade entre o seu povo. Por outro lado existem aqueles que pretendem uma boa constituição para o seu Estado, e para isso dão especial atenção às virtudes e vícios que interessam à sua sociedade civil, fazendo com que esta se aproxime do que é a verdadeira Cidade. Esta verdadeira Cidade falada no texto tem, acima de tudo, a virtude em consideração, e que sem esta característica não passa de uma associação armada, onde a única diferença entre as outras associações é a localização das mesmas. O autor defende que a cidade não é simplesmente uma comunidade de lugar, nem os seus objectivos são tão simples como a defesa contra as injustiças alheias ou a comercialização. Certo é que tudo isto deve existir antes de se formar o Estado, contudo não será suficiente para o construir. A cidade é, então, uma sociedade estabelecida por casas e famílias para uma vida em pleno. O segundo ponto do