Ciência Politica
Aluno Nº 1200372 – João Ricardo Lopes Brito do Amaral – Turma 2012 06
1 - A reflexão acerca da política remonta aos primórdios da civilização. A visão essencialmente normativa, ética e prescritiva da organização do Estado, reflecte-se de forma clara no pensamento Aristotélico quando afirma que compete à ciência política “examinar que forma de regime seria mais adequado a um certo tipo de cidadãos”(citado no Manual de ICP, 1999, p.13). De facto, segundo Aristóteles, é tarefa da política investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade colectiva. A passagem à reflexão e investigação acerca da realidade política, sem procurar o modelo normativo do Estado, mas sim procurando compreender de como este se reveste e se apresenta, demorou algum tempo. Um dos precursores desta abordagem, foi Nicolau Maquiavel
(sec XVI) ao debruçar a sua análise na questão do poder. Maquiavel abandona a óptica aristotélica da felicidade colectiva, separando a ciência política da perspectiva religiosa e metafísica, tornando-se um observador dos factos, um analista da realidade social adoptando um método empírico: “Sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos factos e não à imaginação dos mesmos.”1
Mas é verdadeiramente depois da primeira metade do século XX (pós 1945), que a ciência política vai despontar como uma disciplina autónoma. É importante destacar também, que a ciência política é uma ciência interdisciplinar, isto quer dizer que ela utiliza métodos de outras ciências sociais, principalmente a História, a Sociologia, o Direito e a Antropologia. Apesar desta sua transversalidade, a Ciência Política, enquanto disciplina científica caracteriza-se por um objecto de estudo e uma metodologia específicos. Tem em conta as várias perspectivas das outras áreas das ciências sociais, na