civilizações da intolerância

Resumo do texto “Civilização e barbárie”, de Adauto Novaes.
O ocorrido em 11 de setembro suscitou cada vez mais questões sobre a civilização, afinal, o assunto civilização e modernidade é, sem duvidas, um convite à reflexão. Civilizações são muito mais do que sociedades, espaços e economias, são mentalidades e costumes, e o grande obstáculo é conhecer como estas mentalidades e costumes, que obviamente são diferentes em cada sociedade, são transformados em um conjunto. Para alcançarmos a real noção de civilização, temos que conseguir enxergar o contra-senso que nos é camuflado em uma situação regular, só assim podemos perceber a esquisitice dos costumes, das leis, convenções, sentimentos, assim como das crenças. Desta maneira, pode se deduzir que a civilização é uma imensa relatividade frágil, pois o conceito da mesma foi construído historicamente sob uma visão eurocêntrica, que concedia aos europeus a idéia de civilizados, e ao resto dos povos que tinham outras mentalidades e costumes, a idéia de bárbaros. Para Nietzsche, a civilização nada mais é do que domínio e repressão sobre o individuo. Concluindo, o pensamento está vindo a rebote dos acontecimentos, e a melhor maneira de entendermos o 11 de setembro é enxergarmos essa relatividade acerca das civilizações, estimarmos as contribuições que tanto o Ocidente excluído quando o Oriente trouxeram, afinal, essa visão de que a civilização Ocidental é evoluída e preponderante às civilizações divergentes da sua é questionada e não tem mais respaldo se pensarmos no ocorrido dia 11 de setembro, pois o que o atentado trouxe foi a idéia de incerteza, receio e medo. E essa idéia não combina com a de civilização moderna que tínhamos, afinal, até que ponto somos civilizados? Talvez a noção de civilização evoluída não seja a ideal para caracterizarmos o momento que vivemos hoje, visto que ainda não estamos livres dos conflitos e guerras.
Palavras-chave: civilização – modernidade – ocidente – oriente – costumes – incerteza –