Citizen Kane

Neste filme, conseguimos apercebermo-nos da inevitável comparação entre William Randolph Hearst e C. F. Kane. Hearst foi maganata dos media entre os finais do século XIX e inícios dos século XX. O seu império dominava grandes órgãos de comunicação como Chicago Examiner, The New York Journal, Cosmopolitan e diversas rádios e inclusivamente uma produtora cinematográfica. Até a própria construção de um palácio existente na infância de cada um é comum.
Esta ligação entre esta personagem fictícia e esta personagem real, surge do seu poder com comum com os media. Ou seja, Kane foi tão poderoso como Hearst. Era uma dura crítica ao jornalismo que se fazia durante aquele período. Como Kane, Hearst surgiu como herói e vilão de uma história na qual ele foi a personagem principal.
O dos factos mais badalados e que nos mostram a força dos media e das pessoas influentes, foi a sua curta ligação ao caso da morte de Tomas Ince caso rapidamente encerrado e nunca mais mediatizado nem divulgado.
Podemos ainda ver e analisar casos ‘Kane’ ou ‘Hearst’ espalhados pelo mundo contemporâneo, nomeadamente no Brasil com o caso do magnata dos media Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo de 1925 a 2003, durante quase 80 anos! O seu império contava com rádios, canais de televisão e uma série de órgãos que facilmente o tornaram um dos homens mais ricos do Brasil. E pode quase criar-se um paralelismo com ‘Charles Foster Kane’ já que Marinho era visto como um herói para uns e um vilão para outros. Como em ‘Citizen Kane’, Marinho era também considerado um fascista por uns e opositor do regime por outros. De destacar é ainda a sua ligação com Portugal quando em 1992 faz a parceria SIC – GLOBO com o Doutor Francisco Pinto Balsemão. Políticas à parte, o presidente Roberto Marinho teve um papel crucial na divulgação do Brasil ao mundo enquanto produtores de comunicação, através por exemplo da criação de telenovelas. Como é visível a partir da observação do documentário transmitido pela