Cistos e tumores odontogenicos
CISTOS DOS MAXILARES
C A P Í T U L O
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Cistos dos Maxilares
U
m cisto é uma cavidade patológica preenchida com líquido, delimitada por epitélio e circundada por uma parede bem definida de tecido conjuntivo. O líquido cístico pode ser secretado pelas células do seu revestimento ou deriva de líquidos no tecido circunjacente.
PERIFERIA
Características Clínicas
FORMA
Os cistos ocorrem mais freqüentemente nos maxilares do que em qualquer outro osso porque a maioria dos cistos se origina de numerosos restos do epitélio odontogênico, que permanecem após a formação do dente.
Os cistos são lesões radiolúcidas e o seu aspecto clínico prevalente é a tumefação, ausência de dor (exceto em cistos infectados secundariamente ou associados a um dente não-vital) e dente ausente, especialmente terceiros molares.
Os cistos geralmente são redondos ou ovais, semelhantes a um balão preenchido por fluido. Alguns cistos podem ter margens festonadas.
Características Radiográficas
LOCALIZAÇÃO
Os cistos podem ocorrer centralmente (dentro do osso) em qualquer localização em maxila ou mandíbula, mas são raros em côndilo e processo coronóide. Os cistos odontogênicos são encontrados mais freqüentemente em região dentada. Na mandíbula eles se originam acima do canal do nervo alveolar inferior. Os cistos odontogênicos podem crescer para dentro do seio maxilar. Alguns cistos não-odontogênicos também se originam dentro do seio (Capítulo 26). Alguns cistos surgem nos tecidos moles da região orofacial.
Cistos que se originam no osso normalmente têm sua periferia bem definida e corticalizada (caracterizada por uma linha radiopaca fina e uniforme). No entanto, casos crônicos ou com infecção secundária podem apresentar uma cortical mais espessa e esclerótica.
ESTRUTURAS INTERNAS
Cistos são, em geral totalmente radiolúcidos. No entanto, cistos de longa duração podem apresentar calcificação distrófica, que pode conferir à