Cinturão de Kuiper
Em 1950, Jan Hendrik Oort criou a teoria de que os cometas de longo período (que duram mais de 200 anos) teriam sua origem em um local distante 30.000 AU (astronomical unit, ou, unidade astronômica, 1 AU = 149.597.870 km (distancia da terra ao sol) a 60.000 AU do sol em uma região que ficou conhecida como Nuvem de Oort.
Baseados na teoria de Oort, os astrônomos pensaram que os cometas de curto período (menos de 200 anos) seriam, então, cometas de longo período que tiveram suas órbitas modificadas pela influência da gravidade de algum planeta.
Mas, em 1951, Gerard Peter Kuiper, propôs que, na verdade, os cometas de curto período seriam originários mesmo de uma região parecida com a nuvem de Oort, porém bem mais perto, com seu início próximo a órbita de netuno a 30 AU do sol até 100 AU, e que, esta região teria sua elíptica no mesmo plano das órbitas dos planetas do sistema solar (diferentemente da Nuvem de Ort que tem o plano inclinado quase perpendicularmente ao plano da órbita dos planetas).
Por estar localizado além da órbita de netuno, os objetos do cinturão de Kuiper são chamados de transnetunianos, assim como Plutão e sua lua Caronte, e o planeta-anão Éris.
Já foram observados mais de 800 objetos do Cinturão de Kuiper, o que comprova sua existência. Aliás, a comprovação da existência do Cinturão de Kuiper, e da existência destes 800 objetos, fez com que a IAU (International Astronomical Union) criasse uma definição nova para planetas, fazendo, desta forma, com que Plutão deixasse de ser considerado um planeta do sistema solar e passasse a ser considerado apenas, um planeta-anão.