Cinema novo e o rio de janeiro

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA – ICHF
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – GHT

DISCIPLINA: HISTÓRIA CULTURAL DA CIDADE ATRAVÉS DO CINEMA
PROFESSOR: CARLOS EDUARDO PINTO DE PINTO
ALUNA: ZORA ZANUZO

QUESTÕES SOBRE CINEMA NOVO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO De acordo com a questão proposta, devemos lembrar que o Rio de Janeiro foi a cidade principal de boa parte dos filmes produzidos no Cinema Novo. Tendo como base o artigo de Carlos Eduardo Pinto de Pinto[1], além do RJ como cenário, é importante destacar o contexto político por trás dos filmes[2]. Em relação à estética, mesmo alguns tendo proximidade com a Nouvelle Vague francesa, pode se ver também a aproximação com o neorrealismo italiano, bem como a preocupação na demonstração da realidade brasileira, não apenas da cidade do Rio de Janeiro. A cidade, em si, é um destaque da segunda fase, tendo em vista que aqui o urbano “ocupa” o lugar que outrora era do sertão. Vale lembrar que, segundo Alexandre Figueirôa[3], há a relação do romantismo com a esquerda, fazendo com que este fosse um projeto de arte popular. Quanto à diegese, o eixo principal era a classe média carioca, pois muitos dos diretores – principalmente Saraceni, segundo o artigo do Pinto – acreditavam que a conscientização deveria vir da classe média para que esta pudesse conduzir os setores mais baixos. Dentro da estrutura da diegese, no entanto, ao contrário da chanchada, no Cinema Novo via-se claramente que a música tinha a ver com o enredo proposto pelo filme. Já a geografia, creio que não se deve dizer que ela é imaginada, tendo em vista que é um Rio de Janeiro de outro ângulo, que tem uma perspectiva mais popular sobre a cidade. Quando falo geografia, não falo apenas do espaço físico, mas das pessoas que ocupam estes espaços.
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[1] PINTO, Carlos Eduardo Pinto de; Todos os Desafios do Mundo – A Geração de 1964 no Cinema Novo. In: