Cinema anos 90
O cinema, a sétima arte, é uma forma de arte bastante marcante no mundo. Cinema vem do grego “kinema”, que significa “movimento”. No Brasil, a primeira exibição cinematográfica ocorreu em julho de 1896, apenas sete meses depois da exibição histórica dos filmes dos irmãos Lumière em Paris, no Cinematographo Parisiense, no Rio de Janeiro, onde hoje funciona o teatro Glauber Rocha. O primeiro cinema foi inaugurado em 1909, também no Rio de Janeiro, como “Cine Soberano”, que hoje é chamado “Cine Íris”.
O cinema nacional passou por diversas fases ao longo dos anos. O grande salto do cinema nacional ocorreu na década de 60, com o conhecido “Cinema Novo”, onde vários filmes ganharam destaque no cenário nacional e internacional. Podemos dizer que o marco inicial de prosperidade cinematográfica do cinema nacional foi o lançamento do filme “O pagador de promessas”, que foi o primeiro filme nacional a ser premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes.
As décadas de 70 e 80 foram marcadas como um período de crise para o cinema nacional. A qualidade fora deixada de lado e muitos dos cineastas, sem representatividade no cinema nacional, começaram a produzir em grande escala.
A crise econômica na década de 80 e a incapacidade do Estado de ampliar os investimentos na Embrafilme foram, aos poucos, tornando a empresa incapaz de competir e regular o mercado cinematográfico. Em 1990, o então presidente Fernando Collor, decretou o fim da empresa, do Conselho Nacional de Cinema (Concine) e da Fundação de Cinema Brasileiro, uma atitude que simbolizou o encerramento de um ciclo de história cinematográfica brasileira. Um dos principais efeitos deste desmonte da estrutura do cinema brasileiro foi a paralisação quase total da produção de filmes nacionais de longa metragem. O cinema brasileiro passou a ser considerado uma mercadoria como qualquer outra, sem o seu principal agente financiador, distribuidor e regulamentador.
No