ciencia
Grande parte do nosso conhecimento da natureza e dos seres humanos não é científico e, na verdade, surgiu muito antes da ciência ou mesmo da própria civilização. Sabemos que certas plantas nos alimentam ou curam e que outras são venenosas, que é mais seguro beber água fervida, que os filhos tendem a parecer-se com os pais, que algumas doenças são contagiosas, que com o leite podemos fazer queijo, que por vezes a terra treme e o Sol desaparece e que podemos moldar alguns metais quando os aquecemos. O conhecimento vulgar ou senso comum corresponde a crenças como estas.
De uma forma geral, senso comum é um processo intuitivo de raciocínio dedutivo que permite que a maioria das pessoas tirem conclusões de forma racional quando confrontadas com decisões. É uma faculdade da razão. O senso comum é subjectivo à experiência humana. Ela pode ser manipulada e distorcida, pois é de certa forma influenciada por percepções individuais e experiências. O meu senso comum é um produto da minha intuição, experiência, processo de pensamento, e tem o poder de influência sobre pessoas próximas a mim ou sobre o meio-social em que estou inserida. Devido a estas percepções individuais do senso comum, as crenças variam de acordo com as variáveis anteriores. Eu poderia afirmar que é do senso comum acreditar em um poder superior, mas isso seria uma declaração de preconceito, porque é subjetivo para minhas experiências. Como seres humanos, relacionamosa nossa realidade externa à nossa realidade interna, usando uma variedade de mecanismos de racionalização. Por tudo isto as nossas experiências variam e os nossos comportamentos irão alterar a função congruente das nossas crenças.
Do senso comum à ciência
Não há uma descontinuidade absoluta entre o senso comum e a ciência. O conhecimento científico