Ciencia e tecnologia
São os resíduos produzidos em unidades de saúde, constituídos de lixo comum (papel, restos de jardim, restos de comida de refeitórios e cozinhas etc), resíduos infectantes ou de risco biológico (sangue, gaze, curativos, agulhas etc) e resíduos especiais (químicos, farmacêuticos e radioativos). Há, no Brasil, mais de 30 mil unidades de saúde, produzindo resíduos e, na maioria das cidades, a questão da destinação final dos resíduos urbanos não está resolvida. A questão central que se coloca é sobre a periculosidade ou não dos resíduos hospitalares. Embora esta seja uma questão não resolvida, os países desenvolvidos adotam uma política cautelosa e consideram tais resíduos como resíduos que exigem tratamento especial (perigosos, patogênicos, patológicos, entre outras denominações).
A recomendação de incineração dos resíduos, ou de parte deles, é uma constante.
Dois documentos: “Management of Waste from Hospitals – WHO” (1983) e “EPA Guide for Infections Waste Management(1986), serviram de referência básica para a maior parte dos trabalhos elaborados no Brasil, com vistas ao gerenciamento dos resíduos hospitalares. Esta influência é nítida nos documentos que se seguem, onde os resíduos hospitalares ou parte deles são perigosos. A Portaria nº 063 de 1979 trata da obrigatoriedade da incineração dos resíduos hospitalares (em 1991 o Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA desobrigou a incineração do lixo hospitalar)”. A inadequação de tal enfoque verifica-se na prática, com a quase total ausência de incineradores para lixo hospitalar instalados e/ou em operação no Brasil, e no pequeno número de unidades de saúde que manuseiam seus resíduos dentro de padrões considerados satisfatórios. Avaliação feita em sete hospitais concluiu: “os sistemas de manipulação dos resíduos hospitalares continuam negligenciados e tão precários como há décadas atrás”. Partes dos resíduos eram incinerados a céu aberto e o restante era disposto no aterro de