Ciencia politica
(Baseado na obra de Paulo Bonavides)
A ciência política tem por objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das idéias políticas, tanto em sentido teórico como em sentido prático, referido ao passado (como foram ou deveriam ter sido), ao presente (como são ou devem ser) e às possibilidades futuras (como serão ou deverão ser).
Não importa o tempo histórico – ontem, hoje, amanhã – há sempre o que os alemães chamam de sein (a realidade que é) e sollen (a realidade do dever-ser).
Nesse contexto, cabe o exame das instituições, dos fatos e das idéias políticas debaixo do tríplice aspecto: - Filosófico; - Sociológico; - Jurídico.
PRISMA FILOSÓFICO
Desde a mais alta Antigüidade clássica, principalmente desde Sócrates, Platão e Aristóteles, os assuntos políticos impressionam o gênero humano, sequioso de conhecê-los e aprofundá-los.
A Filosofia conduz para os livros de Ciência Política a discussão de proposições concernentes à origem, à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais instituições sociais geradoras do fenômeno político (partidos, sindicatos, grupos de pressão, opinião pública, associações internacionais, etc).
PRISMA SOCIOLÓGICO
Na sociologia política de Max Weber, abre-se o capítulo de fecundos estudos pertinentes à política científica (seus problemas, sua significação, suas tarefas, sua possível sistematização), à racionalização do poder, à legitimação das bases sociais em que o poder repousa (formas legítimas de autoridade).
A Ciência Política, na sua constante sociológica, não pode tampouco ignorar as raízes históricas da evolução política.
Os temas de reconstrução social, de diagnose e interpretação dos momentos críticos da democracia, de análise de conceitos políticos, de estimativas acerca da planificação, da liberdade e do poder tecem a matéria sociológica que serve de substrato a alguns dos capítulos mais fascinantes da Ciência Política.