Cidadão boilesen
O documentário afirma que Boilesen era um cidadão marcado pelas ambiguidades e paradoxos típicos dos seres humanos. O filme investiga desde sua terra natal, visitando os arquivos de histórico escolar; até entrevistando amigos, colaboradores civis e militares do empresário, o filho mais velho dele, o cônsul americano em São Paulo na época dos acontecimentos e um dos terroristas que participaram da morte deste. Contêm ainda depoimentos de figuras políticas importantes como o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo, Paulo Egídio Martins, Erasmo Dias e do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, entre outros personagens importantes da época. O filme debate abertamente o hábito do empresário de assistir as sessões de tortura, apesar da ausência de provas.
Graças a seu hobby de presenciar as torturas, Boilesen foi duramente acusado por militantes de esquerda de ser um dos financiadores da Operação Bandeirante, que foi um centro de informações e investigações montado pelo exército do Brasil em 1969, cuja função era coordenar e organizar documentos que levarão as ações de repressão aos elementos considerados subversivos no Estado de São Paulo durante o regime ditatorial. No filme há relatos que o empresário também ensinava técnicas de torturas e trazia maquinas de tortura de fora do Brasil. Acabou sendo brutalmente assassinado com 19 tiros por militantes do MRT e da Ação Libertadora Nacional (ALN) em 15 de abril de 1971, na cidade de São Paulo, SP.
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