CIDADES INVISIVEIS
O trabalho a seguir apresenta uma visão pessoal de uma das cidades descritas por Ítalo Calvino no livro “Cidades Invisíveis”.
A cidade escolhida foi a cidade de Diomira, do capítulo “ A cidade e a memória 1 ”. Primeiro será apresentado a cópia do capítulo e das demais cidades pertencentes ao conjunto de “ A cidade e a memória”, posteriormente uma analise escrita, e uma representação pessoal através de desenhos sobre a cidade de Diomira.
2.0 CÓPIA DO CAPÍTULO
2.1 As cidades e a memória 1
Partindo dali e caminhando por três dias em direção ao levante, encontra-se Diomira, cidade com sessenta cúpulas de prata, estátuas de bronze de todos os deuses, ruas lajeadas de estanho, um teatro de cristal, um galo de ouro que canta todas as manhãs no alto de uma torre. Todas essas belezas o viajante já conhece por tê-las visto em outras cidades. Mas a peculiaridade desta é que quem chega numa noite de setembro, quando os dias se tornam mais curtos e as lâmpadas multicoloridas se acendem juntas nas portas das tabernas, e de um terraço ouve-se a voz de uma mulher que grita: uh!, é levado a invejar aqueles que imaginam ter vivido uma noite igual a esta e que na ocasião se sentiram felizes.
2.2 As cidades e a memória 2 O homem que cavalga longamente por terrenos selváticos sente o desejo de uma cidade. Final- mente, chega a Isidora, cidade onde os palácios têm escadas em caracol incrustadas de caracóis mari-nhos, onde se fabricam à perfeição binóculos e violinos, onde quando um estrangeiro está incerto entre duas mulheres sempre encontra uma terceira, onde as brigas de galo se degeneram em lutas sanguinosas entre os apostadores. Ele pensava em todas essas coisas quando desejava uma cidade. Isidora, portanto, é a cidade de seus sonhos: com uma diferença. A cidade sonhada o possuía jovem; em Isidora, chega em idade avançada. Na praça, há o murinho dos velhos que vêem a juventude passar; ele está sentado ao lado deles. Os desejos agora são recordações.
2.3 As cidades