Cidades Industriais
Garnier, arquiteto nascido em Lyon, criado num bairro de operários e ligado à causa socialista. Tudo isso influenciou o projeto na busca por uma solução do problema da habitação social. Precedendo a Carta de Atenas, que foi o primeiro manifesto do urbanismo progressista, criado pelos membros da CIAM
(Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), Garnier pensa o urbanismo da cidade, com seu zoneamento, a arquitetura das construções menos ornamentadas e mais funcionais, valorizando técnica construtiva e aplicação de novos materiais. Pensando iluminação e salubridade. Garnier, mesmo com uma inspiração clássica, propõe, com uso de concreto armado, aço e vidro uma cidade moderna, e com alguns exemplares modernos como a estação central, com sua marquise de concreto armado.
Localizada na parte sudoeste da França e com previsão de população de 35mil habitantes, o principal fator de localização era a proximidade com um afluente. Tony Garnier projetou - além das edificações residenciais - escolas, estações ferroviárias e hospitais. Ele acreditava que os cálculos e a técnica construtiva com novos tipos de materiais levariam à arquitetura verdadeiramente bela.
A cidade-industrial era em um terreno que ao mesmo tempo era na zona montanhosa e em uma planície e atravessava um rio pela cidade.
Relacionava-se com o seu entorno, sem muros, propriedades privadas, igrejas, quartéis, delegacias de polícia. Tinha como elemento principal uma usina hidrelétrica que abastecia toda a cidade, e inúmeros espações verdes dispostos ao longo da cidade. No projeto há uma separação de funções: trabalho, habitação, lazer e saúde. Sua planta era organizada com relação a estes setores, cada atividade tinha seu espaço próprio.
A principal fabrica está localizada na planície, na confluência da torrente e do rio, uma estrada de ferro passa entre a fabrica e a