Cidade de deus
A obra é o romance de estréia do autor que utilizou todo o seu conhecimento social e antropológico para recriar a história de criminalidade do conjunto habitacional Cidade de Deus.
O romance, além de abordar os acontecimentos relacionados à violência e à criminalidade da década de 60 a 90, também apresenta os traços culturais dos moradores da favela que frequentam o Candomblé, amam o carnaval e a música brasileira, o samba, o pagode, os clubes e bares, a praia e a culinária de sabores fortes.
Resumo
A narrativa é realizada em terceira pessoa e está dividida em três capítulos que abrangem o período de domínio dos traficantes Cabeleira, Bené e Zé Pequeno.
A infância, as brincadeiras, as dificuldades, as drogas, a maturidade, as paixões, as disputas de poder, os crimes, as traições, o sexo, as gírias, os palavrões, as perseguições da polícia, e tantos outros elementos relacionados à vida dos traficantes e dos moradores da favela são registrados de forma detalhada e realista.
Cada traficante tem seu momento de “reinado” na Cidade de Deus que é marcado pela disputas de poder e assassinatos.
Cabeleira mata sem piedade, apesar de impor respeito dentro da comunidade e impedir que assaltos sejam realizados dentro dos limites da comunidade.
Bené, conhecido pela crueldade e pela admiração aos cocotas, é baixinho, gordo e infeliz no amor.
Zé Pequeno, o mais feio de todos os bandidos também é traficante mais cruel de todo o livro. Ele não se importa com ninguém nem amigos e conhecidos e, por ser impopular com as mulheres, as estuprava. Em um desses episódios, acaba provocando a fúria de Mané Galinha, ex-fuzileiro, e cria uma verdadeira guerra dentro da favela que envolve a polícia, geralmente corrupta, e causa a morte de crianças inocentes.
Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem