cidadania
(Org.). Os Clássicos da Política. São Paulo:
Ática, 1995. p. 113-120.
A obra de Montesquieu “ trata da questão do funcionamento dos regimes políticos(...)Ele é
“ um membro da nobreza que, no entanto, não tem como objeto de reflexão política a restauração do poder de sua classe, mas sim como tirar partido de certas características do poder nos regimes monárquicos, para dotar de maior estabilidade os regimes que viriam a resultar das revoluções democráticas” p. 113.
. . . é certo que sua preocupação central foi a de compreender, em primeiro lugar, as razões da decadência das monarquias, os conflitos intensos que minaram sua estabilidade, mas também os mecanismos que garantiram, por tantos séculos, sua estabilidade, e que
Montesquieu identifica na noção de moderação.
A moderação é a pedra de toque do funcionamento estável dos governos, é preciso encontrar os mecanismos que a produziram nos regimes do passado e do presente para propor um regime ideal para o futuro.“ p. 114
Até Montesquieu, a noção de lei compreendia três dimensões essencialmente ligadas a idéia de Deus:
Legitimas(porque expressão da autoridade);
Imutáveis ( porque dentro da ordem das coisas); Ideiais ( porque visavam uma finalidade perfeita. “ definindo lei como relações necessárias que derivam da natureza das coisas . . . ” p. 115
“Montesquieu está dizendo, em primeiro lugar, que é possível encontrar uniformidades, constâncias na variação dos comportamentos e formas de organizar os homens, assim como é possível encontrálas nas relações entre os corpos físicos. . . .
" p. 115
“. . . Mas aqui se trata de massa e movimento de outra ordem, a massa e o movimento próprios da política, que poderiam corresponder, se precisassemos levar adiante a metáfora, a quem exerce o poder e como ele é exercido. São esses (. . .
) a natureza e princípio de governo,