cidadania
A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO:
MISCIGENAÇÃO RACIAL E SINCRETISMO
RELIGIOSO
SUMÁRIO
5.1 Introdução
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5.2 A formação da sociedade e o surgimento do povo brasileiro2 5.3 Folclore como forma de resistência cultural
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Considerações finais
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Bibliografia
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|aula
Prof.ª M.e Ana Claudia F. Gomes
Objetivos da aula
▪▪ Conhecer os conceitos de miscigenação racial e sincretismo religioso;
▪▪ Compreender a formação do povo brasileiro em seus aspectos sócio-históricos;
▪▪ Analisar a sociedade brasileira a partir de dominação e resistência culturais.
5.1 Introdução
A miscigenação racial e o sincretismo religioso são características básicas da diversidade cultural brasileira, permeada por relações de poder estabelecidas entre dominantes “vencedores” e dominados
“vencidos”. Nossa História oficial relata a descoberta de um povo erroneamente denominado “índio” pelo fato dos navegantes acreditarem ter chegado às Índias orientais. Esse povo, que já habitava há séculos o continente americano, foi colonizado e catequizado por europeus cristãos. A constituição de uma colônia de exploração valeu-se do trabalho escravo de índios e, principalmente, de negros africanos que trabalharam nos plantios de cana-de-açúcar. A abolição da escravidão ocorreu mais de
300 anos após a descoberta e o Brasil foi o último país a libertar os seus escravos, em 1888. Como forma de resistência cultural, índios e negros desenvolveram o sincretismo religioso como indício de uma cultura de dominação, a qual atrelou as contribuições do povo dominado ao Folclore e os registros oficiais do povo dominante à História.
A constituição da cultura nacional brasileira pode ser analisada pelos crivos da sexualidade e da diversidade. Os moldes da família patriarcal miscigenada configuraram-se entre as paredes da casa-grande e da senzala, segundo Gilberto Freyre, e a partir do “cunhadismo”, descrito por Darcy
Ribeiro como uma