Cidadania

2.4 Relação do Boaventura e o Alienista
Quando falamos em cidadania, logo pensamos em direitos e deveres essenciais para possuirmos uma sociedade mais plena. Dentro da visão jurídica atual, cidadania vincula-se ao desfrute dos diretos políticos e institucionais em um país, exercidos pelos indivíduos que tenham nacionalidade vinculada a essa determinada federação, ou seja, o conceito de cidadania está atrelado ao conceito de nacionalidade.
Para o sociólogo português, Boa Ventura de Sousa Santos, a democracia é a solução para a conquista de uma cidadania mais plena. Mas não vivemos já em uma democracia? Sim, vivemos, porem segundo o próprio sociólogo, essa democracia é muito fraca, com muitos defeitos que devem ser contornados para que o futuro vislumbre a verdadeira cidadania.
No século passado vivemos momentos que explicam bem o não exercício da cidadania como, por exemplo, mulheres não tinham direito a voto, votação indireta, entre outras situações que já foram solucionadas e incorporadas a cidadania conhecida atualmente. Entretanto, o principal inimigo da democracia não conseguiu ser combatido: a corrupção.
Segundo Boa Ventura, depois das brigas ideológicas que existiram há alguns anos atrás, a democracia passou a ser um negócio. Hoje troca-se de partido político como se troca de roupa, compram-se e vendem-se votos de acordo com o dinheiro disponível, sempre em prol do benefício próprio. Vivemos em uma democracia altamente capitalista, na qual quem tem o poder se corrompe devido à ambição, portanto devemos lutar por uma democracia mais participativa.
Em O Alienista, a ambição e a corrupção de alguns personagens é bastante observada, como por exemplo, o barbeiro Porfírio, que organizou diversos protestos contra as internações do Dr. Bacamarte, com a intenção de por fim a Casa Verde. Porém quando finalmente tem o poder nas mãos, ao invés de botar fim ao manicômio e as internações impostas por Bacamarte, ele se junta ao Alienista, levando a crer que todos esses