Cidadania x assistencialismo
O grande risco dos programas assistencialistas do governo é o de reduzir a questão social, puramente na sobrevivência do indivíduo, não promovendo a sua inclusão na sociedade, criando cada vez mais dependência. O assistencialismo acomoda o indivíduo impedindo que ele cresça o tornando mais pobre. O maior e mais publicado projeto governamental é o Fome Zero, demonstrando que, o fantasma da subnutrição e da desnutrição, causado pela miséria, continua vivendo no Brasil.
Segundo o jornalista brasileiro Gilberto Dimenstein, o cidadão brasileiro desfruta de uma cidadania aparente que ele denomina de cidadania de papel. A verdadeira democracia implica na conquista e efetividade dos direitos sociais, políticos e civis. Se assim não se constituir, a cidadania permanece imóvel no papel. Essa cidadania aparente surge através do desrespeito aos direitos fundamentais do homem, ao não suprir as suas necessidades básicas, camufladas em assistencialismo político. Isso se dá através da desnutrição, do desemprego e da pobreza.
Há necessidade de desenvolver ações concretas de geração de trabalho e renda, em vez de projetos assistencialistas, para que grandes populações de jovens e adultos excluídos encontrem espaço no mercado de trabalho. É necessário viver deste trabalho, exercendo através dele, o exercício da cidadania, interferindo na sociedade de maneira produtiva.
O Brasil é uma das maiores economias do planeta e, ao mesmo tempo, um dos lugares mais socialmente injustos para se morar, que ainda não