Cidadania e engenharia
O cenário econômico atual direciona a produção de tecnologia e conseqüentemente as demandas do mercado. Estas são criadas pelo próprio processo econômico que dita as necessidades dos indivíduos na sociedade.
Neste contexto, o engenheiro químico encontra-se inserido diretamente nas questões intrínsecas ao processo produtivo. Muitas destas geram conflitos, pois os interesses econômicos dos grandes empresários não contemplam, de forma geral, as atitudes éticas necessárias a este profissional. Esta divergência é desigual, uma vez que na dinâmica atual o capital sempre se sobrepõe.
Levando-se em conta a orientação do mercado, fica mais difícil a participação do engenheiro químico na decisão sobre vários aspectos do produto final, como por exemplo, a sua durabilidade. Porém tal fato não anula a ação do engenheiro como executor dos projetos. Contudo, na maioria dos casos, a função primeira deste profissional de tornar os produtos cada vez mais eficientes em todos os âmbitos, é deixada de lado visando atender os interesses do mercado.
É possível, entretanto, que o engenheiro químico desenvolva mercadoria sustentáveis em consonância com as exigências mercantis. Este equilíbrio pode ser alcançado através das habilidades e conhecimentos sobre tecnologia do profissional. Todavia, sendo atendidas as questões ecológicas, o encaminhamento do consumo que é inserido pelos grandes empresários no cotidiano continua enraizada na sociedade.
Este encaminhamento impulsiona a produção de mercadorias, que apesar de atenderem a causa ecológica e serem lucrativas, geram transtornos na sociedade. Em alguns casos, esses produtos são ferramentas de dominação e alienação. Podemos citar como objeto importante desta soberania do capital, a indústria bélica tanto no plano nacional como internacional.
É de senso comum que armas em geral tem um único objetivo: desestruturar fisicamente algo ou alguém com propósito de defesa ou de exercer poder. Esse último é o mais