Cidadania no brasil
O processo de democratização percorreu por uma longa trajetória. O processo inicial ocorreu por volta de 108 anos da história do Brasil, passando pelo período do Império e pela Primeira República. Nesse período, o Brasil herdou a escravidão e a grande propriedade rural, que foram grandes empecilhos no exercício da cidadania, pois ambos faziam com que as diferenças de privilégios fossem imensas; para o trabalho escravo nenhum, para os grandes proprietários todos. As pessoas, já eram vítimas das desigualdades e privadas de seus direitos. O direito de voto por exemplo, era restrito apenas a uma parte da população; isso não quer dizer que aqueles que tinham podiam ser chamados de cidadãos. Os senhores, apesar de toda a liberdade e de votarem, lhes faltava a noção de igualdade perante à lei. A luta política era intensa e violenta, fazendo com que parte dessa pequena parcela também não comparecesse para exercer seu direito político. Os direitos civis eram precários; a grande propriedade fazia com que os mais desfavorecidos, ou podemos dizer, os excluídos, não pudessem se expressar, pois os órgãos públicos estavam em defesa de poucos, as pessoas eram súditas dos coronéis, tendo que aceitar e viver conforme suas vontades. Assim como os direitos políticos e civis, os direitos sociais encontraram vários empecilhos. A própria constituição (a de 1891) retirou do Estado à obrigação de promover a assistência social, havendo uma reforma apenas em 1926, quando ele então pôde intervir. Se o próprio Estado é proibido de regulamentar sobre os direitos, cabe a quem este dever? Esse descaso fez com que o processo democrático acontecesse de forma lenta e gradual. A partir de 1930 começaram a acontecer mudanças sociais e políticas, onde o voto passou a ter um peso importante devido à sua expansão. Entre 1930 e 1937 o Brasil se viu numa fase de agitação política;