Cidadania na midia
Com microfone em punho, ela sequer comenta o roubo o qual ele foi preso, como tenta por diversas vezes faze-lo confessar um estrupo de que foi acusado e que o rapaz diz que não cometeu. Além de acusa-lo, ela o humilha por sua falta de conhecimento. Durante a entrevista o rapaz insiste em pedir o exame de conjunção carnal para que fique provado que não havia ocorrido o estupro. Mas ao invés de usar os termos corretos ele se confunde e pede que seja feito na menina um exame de “próstata”. A jornalista então o faz repetir diversas vezes o termo errado e zomba de sua ignorância, com gargalhadas e frases de duplo sentido.
Não ficou esclarecido se o acusado era realmente culpado, ressaltando que em nenhum momento as pessoas indignadas com o conteúdo do vídeo gostariam de defender o preso de suas acusações, mas sim, do seu direito de defesa e direto de expressar sua opinião a partir do momento em que foi convocado para entrevista.
O vídeo teve uma grande repercussão e reprovação não só dos cidadãos, mas, principalmente dos jornalistas que se sentiram extremamente ofendidos com a forma que foi feita a reportagem. Uma entrevista sensacionalista, com fins de causar polemica.
Um grande grupo de jornalistas baianos se uniu para que a repórter fosse punida com as medidas cabíveis e expressaram sua opinião comentando em blogs e sites. No Acre, o jornalista Altino Machado postou em seu blog uma carta de protesto de dezenas de jornalistas, contra a atitude de Mirella Cunha.
Segue abaixo a carta:
Ao governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner.
À Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia.
Ao Ministério Público do Estado da Bahia.
À Defensoria Pública do Estado da Bahia.
À Sociedade Baiana.
A reportagem “Chororô na delegacia: acusado de estupro alega inocência”, produzida pelo programa “Brasil Urgente Bahia” e