Ciclos
O enxofre apresenta um ciclo que se passa entre o ar e os sedimentos. Existe um grande depósito na crosta terrestre e nos sedimentos e um depósito menor na atmosfera.
No reservatório terrestre, os microorganismos têm função preponderante pois realizam a oxidação ou redução química. Dessas reações, resulta a recuperação do enxofre dos sedimentos mais profundos.
Na crosta e no ar, paralelamente, ocorrem processos geoquímicos e meteorológicos, tais como erosão, lixiviação, ação da chuva, etc. e processos biológicos de produção e decomposição. Há, portanto, no ciclo, uma interdependência entre água, ar e terra.
Os sulfatos constituem a forma mais reduzida que é incorporada pelos autótrofos para fazer parte das proteínas sendo o enxofre um elemento constituinte de certos aminoácidos.
O ecossistema não necessita tanto de enxofre como de nitrogênio e do fósforo. Mas, quando se formam sulfetos de ferro nos sedimentos, o fósforo é convertido de uma forma insolúvel a solúvel, que pode ser assimilada pelos organismos vivos. Esse fato mostra como um ciclo pode interagir regulando outro.
O SO2 normalmente constitui passo transitório no ciclo e na maioria dos ambientes aparece em concentrações muito baixas. Todavia, a poluição industrial produzindo óxidos de enxofre vem afetando esse ciclo. Com as emissões das indústrias e queima de carvão nas termoelétricas, o SO2 tem sido encontrado em grandes quantidades na atmosfera. O dióxido de enxofre prejudica a fotossíntese como pode ser verificado pela destruição dos vegetais junto às fundições de cobre.
A concentração de óxidos voláteis de enxofre, nitrogênio, etc. no ar, tem sido consideravelmente aumentada pela queima de combustíveis fósseis (petróleo entre outros), principalmente nas áreas urbanas, até causarem problemas de intoxicação e envenenamento dos seres vivos como já ocorreu no Japão e outros países. Em 1966, nos estados unidos, esses óxidos voláteis constituíam aproximadamente a terça parte