CICLOS ECONOMICOS
A época da mineração no período colonial abrangeu basicamente o século XVIII. Nessa fase da vida econômica da colônia que se voltou quase que exclusivamente para o extrativismo mineral, as principais regiões auríferas foram Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Desenvolvida a partir do ouro de aluvião, tendo como características o baixo nível técnico e o rápido esgotamento das jazidas.
No extrativismo aurífero, as formas de exploração mais comuns encontradas eram as lavras e a faiscação:
A primeira representaria uma empresa em que era utilizada a mão de obra escrava e se aplicava uma técnica mais apurada.
Já a faiscação era a extração individual, realizada principalmente por homens livres.
A organização da exploração aurífera começou em 1702, quando o Estado português editou o Regimento das Terras Minerais, onde com o pagamento do quinto (20% era o imposto devido à metrópole) estabelecido pela Carta Régia de 1602 que sob estes termos declarava a livre exploração. Por esse regimento, organizava-se a distribuição das jazidas que eram divididas em datas e passadas para os exploradores mediante o sistema de sorteio, promovido pela Intendência das Minas (principal órgão de controle e de fiscalização da mineração do ouro).
Para controle tributário em 1750, foi instituído o quinto por estimativa, conhecido como finta, ou seja, a fixação de uma cota fixa de 100 arrobas que incidia sobre toda a região aurífera. A partir daí, já com o início da decadência da mineração, essa cota não era alcançada, gerando-se o déficit que se avolumava a cada ano. Com isso, em 1765, foi instituída a derrama, forma arbitrária de cobrança do quinto atrasado, que deveria ser pago por toda a população da região, inclusive com bens pessoais. O que aumentou o descontentamento contra os abusos da metrópole.
Por volta de 1729, Bernardo da Fonseca Lobo descobriu as primeiras jazidas diamantíferas no arraial do Tijuco ou Serro Frio. Teve início, assim, a