Crase
É a fusão de duas vogais idênticas. Quando acontece esse fenômeno com a vogal “a”, utilizamos o acento grave (`).
CASOS OBRIGATÓRIOS
1) O verbo exige complemento (objeto indireto) COM preposição “A”, e o substantivo que funciona como núcleo desse objeto está acompanhado pelo artigo feminino “a(s) ou pelos pronomes demonstrativos “a(s)”, “aquele(s)”, “aquela(s)”, “aquilo” e pelo relativo “a qual”, “as quais”:
Ex: A aluna foi à escola. A aluna foi àquela escola. Referi-me àquele garoto. Era estranha a peça à qual você se referiu.
2) O nome exige complemento (nominal) COM preposição “A”, e o substantivo que fuunciona como núcleo desse complemento está acompanhado pelo artigo feminino “a(s)” ou pelos pronomes demonstrativos “a(s)”, “aquele(s)”, “aquela(s)”, “aquilo” e pelo relativo “a qual”, “as quais”:
Ex: Não temos acesso à biblioteca. Não temos acesso àquela loja. Não temos acesso àquele local. Era estreita a entrada à qual não tivemos acesso.
3) Quando as palavras “distância”, “casa” e “terra” (no sentido de chão firme) aparecerem acompanhadas de determinante (caso contrário, o uso do acento grave será proibido):
Ex: Vamos à casa de meus pais. Cheguei a casa cedo.
Vim à terra de meus antepassados. Chegamos a terra.
Avistei-o à distância de cem metros. Apaixonei-me a distância.
4) “Se vou a e volto da, crase há; se vou a e volto de, crase para quê?”
Ex: Volto de Paris (logo: Vou a Paris) Volto da Bahia (logo: Vou à Bahia)
*Se o lugar aparecer determinado, a crase será obrigatória:
Volto da Paris dos meus sonhos (logo: vou à Paris dos meus sonhos)
5) A crase costuma ser proibida diante de palavras masculinas, no entanto, será obrigatória se, implicitamente, houver a expressão “a moda de”:
Ex: Produzimos bolsas à Victor Hugo (à moda de Victor Hugo, ao estilo de Victor Hugo) Escrevo poemas à Fernando Pessoa